terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Vínculo Professor e Aluno

Trabalhamos para uma escola cada vez mais acolhedora e temos consciência de que atualmente este é um dos maiores desafios, embora tenhamos consciência que há casos em que a parceria na corresponsabilidade de educar esteja ausente, principalmente na formação integral das crianças e adolescentes. Mesmo assim a escola sempre se coloca disposta a contribuir e cumprir a sua parte com educadores responsáveis e éticos. Neste sentido, é importante fortalecer o vínculo entre professor/aluno em cada início de ano letivo. Essa interação irá facilitar todo o trabalho durante todo ano e é imprescindível no estabelecimento das metas e aprimoramento da prática docente e pedagógica com a turma. Princípios como respeito, ética e solidariedade são decisivos para o bom desempenho dos alunos e estes acontecem em pequenos gestos desde os primeiros dias de aula. Ao valorizar as relações humanas entre os pequenos, estamos investindo na transformação da escola como verdadeiro espaço de aprendizagem. Ao refletirmos sobre o direito à Educação Básica que toda criança deve ser contemplada, podemos fazer uma ponte entre o direito e a garantia da boa convivência e acesso ao conhecimento. A principal função social da escola ainda é ensinar, mas ensinar implica em buscar estratégias para atender a todos sem distinção. Buscar caminhos para acolher, cuidar e proteger todas as crianças em suas necessidades ou carências.
O bom convívio é essencial em todos os ambientes e em qualquer atividade que se proponha desenvolver junto ao outro, em equipe. Seja no trabalho, nos esportes, no trânsito, em qualquer ambiente social, mas principalmente no ambiente escolar. Neste sentido é importante que a ação de ensinar não esteja voltada apenas na transmissão do saber, no treinamento, na transferência de informações sem que haja a devida interação entre os alunos e o professor. Acreditamos que a escola cumpre seu papel quando colabora na formação integral de seres humanos, capazes de trabalhar num processo cooperativo e respeitoso, no qual as relações de confiança e amizade se fortalecem naturalmente. É importante que a figura da gestora contagie toda a sua equipe escolar, na perspectiva de criar um ambiente onde haja espaço para ouvir a opinião de todos e participação na divisão das tarefas e responsabilidades, onde as regras de convívio não sejam ignoradas e as relações de conflitos sejam de fortalecimento para todos os envolvidos. Onde o exercício da autoridade seja compreendido e exercido eticamente. Para que essa convivência harmoniosa seja estabelecida entre toda a equipe escolar e principalmente entre professores e alunos durante todo o ano letivo, é preciso fazer consultas, mediar os conflitos e rever os percursos, o que se realiza com corresponsabilidade dentro do espaço escola, ou melhor, na comunidade de aprender e não na fábrica do apenas ensinar. No livro “A Motivação do Aluno – Contribuições da Psicologia Contemporânea”, de Evely Boruchovitch, há dicas de como ser exemplo para motivar a turma e selecionar atividades que sejam interessantes e desafiadoras para todos.

"Educar é Conhecer, Acolher e Cuidar"

Antes de se iniciar qualquer processo em educação é preciso um planejamento, antes do planejamento é necessário saber com quem e para quem vamos preparar as propostas de aprendizagem. A partir daí, a tomada de decisões deve ser coletiva, junto à equipe escolar. Nesta perspectiva, o professor deve contar com o apoio e o incentivo da coordenação pedagógica e da direção, além disso, é preciso estar disposto a inovar sua prática, mostrar-se aberto às mudanças e buscar ajuda sem receio de errar. Um planejamento detalhado e bem amparado pela equipe escolar, deve ser o instrumento orientador das atividades de todo o ano letivo. Ao conhecer a turma, o professor organiza sua ação pedagógica por níveis de conhecimento, só depois sai em busca e decide sobre o que vai trabalhar com cada grupo e com cada criança em particular, respeitando as habilidades e competências individuais. No entanto, identificar os níveis de conhecimento em uma sala de aula não garante que todos aprendam. É necessário conhecer e acolher cada criança em sua singularidade, com seus medos e anseios. Para isso, o gestor é a peça chave desde o início do processo. Ao alertar seus professores sobre os alunos merecedores de atenção, carentes de afeto e amor, cheios do desejo de aprender embora entre as muitas dificuldades que lhes afligem, nem sempre colocadas por sua própria natureza, mas pelas suas condições básicas, ou ainda pela falta delas em seu meio familiar e social. Essa sensibilidade do educador deve estar presente no seu dia a dia com as crianças e ser precursora na escolha e uso das estratégias didáticas, expressas sob dois aspectos essenciais da aprendizagem: o cognitivo e o afetivo de um de seus alunos. É bem verdade que todo professor quer ensinar o melhor, mas é verdade também que nossa realidade requer novas formas de gerir e de tratar o conhecimento. Ao buscar ensinar nossas crianças, primeiramente temos de conhecê-las melhor, saber das suas pré-condições para a aprendizagem ser significativa. A capacidade de vincular os conteúdos escolares às situações que façam sentido aos alunos continua sendo um grande desafio para a maioria dos professores. Nunca foi tão urgente a necessidade de adotar uma postura de “escuta” aos verdadeiros anseios de nossos alunos. Ter claro o que realmente eles precisam aprender e entender o modo como eles aprendem e as dificuldades que têm de enfrentar, como se sentem e como podemos influir em suas relações afetivas e sociais, tornando-os capazes de atuar com autonomia em nossa sociedade. É esse é o desafio do verdadeiro educador.

sábado, 8 de outubro de 2011

Panorama EaD

Pensar a Educação à Distância no Brasil em dias atuais é mobilizar-se a favor dos novos rumos e renovar as esperanças por um país que luta em superar sua defasagem educacional através do uso intensivo de tecnologias em rede, da flexibilização dos tempos e espaços de aprendizagem, da gestão integrada de modelos presenciais e digitais.
Modelo de inovação e avanço educacional também, pela inserção significativa das universidades públicas na Educação à Distância, através da Universidade Aberta do Brasil. Onde o ensinar e o aprender podem ser feitos de forma muito mais flexível, ativa e focada no ritmo de cada um, pois as facilidades que a tecnologia proporciona, de certa maneira, respeitam os diferentes ritmos de aprendizagem e a construção do conhecimento autônomo, o que deveria ser foco de todo o processo de ensino e de aprendizagem.
Depois de uma década de experimentação, o ensino superior à distância encontra-se numa fase de crescimento intenso, de consolidação pedagógica e de regulação governamental com diretrizes e normas específicas. Além disso, a EaD leva em conta a figura do professor que incorpora a flexibilidade da autoaprendizagem e o torna supervisor do processo e incentivador constante na instigante aventura do conhecimento.
Esse potencial transformador que a experiência de aprendizagem com a EaD proporciona é adequado para públicos do ensino médio e superior, visto que as crianças, pelas especificidades da infância, ainda requerem muito da presença constante do educador e não podem prescindir do contato físico, da interação diária e sistemática em que a educação escolar se apresenta.
A EaD constitui um projeto de vida para o ser humano em busca de sua formação ou aprimoramento profissional. Ela é a porta de entrada rumo ao sucesso para ascensão profissional nos aspectos da exigência de formação continuada, quesito importantíssimo em quase todos os setores e escalas profissionais nos dias atuais.
Uma das principais exigências dos estudos à distância é a disciplina pessoal para o tempo e a dedicação, garantindo a apropriação dos conteúdos, por parte do interessado. Não basta ser rico o acervo das informações e a interação instigante, é necessário contar com a participação e organização pessoal do aluno, que fará a comunicação ser bilateral e eficaz para seu aprendizado.
Para contribuir na reflexão dos aspectos sociais que a EaD contempla, Otto Peters, diz :
“Educação/Ensino à distância é um método racional de partilhar conhecimento, habilidades e atitudes, através da aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso extensivo de meios de comunicação, especialmente para o propósito de reproduzir materiais técnicos de alta qualidade, os quais tornam possível instruir um grande número de estudantes ao mesmo tempo, enquanto esses materiais durarem. É uma forma industrializada de ensinar e aprender”. (Perters, 2001)
Portanto, entre tantos benefícios pedagógicos, ainda há de se destacar as possibilidades de interação social e a riqueza do aprendizado com a troca entre as pessoas, numa sociedade onde as redes sociais crescem com rapidez notável em todo o território.
HISTÓRICO
A Educação à Distância possui sua história que caminha numa linha privilegiando a qualidade diferenciada. Apesar de reconhecida como importante para aprender ao longo da vida, para a formação continuada, para aceleração profissional, para conciliar estudo e trabalho, ainda há resistências e preconceitos na adesão por grande público de estudante. Mas a EaD, assim como vemos nos processos de ensino presenciais, também possui métodos e modelos de ensino diferenciados, que podem ser utilizados em diversos contextos e comunidades educacionais, em níveis de ensino variados.
O primeiro marco histórico da Educação à Distância foi o anúncio publicado em 1833, na Suécia, portanto conhecida desde o século XIX. Nas últimas décadas passou a fazer parte das discussões entre os profissionais visionários no âmbito educacional. Sua evolução ocorreu historicamente, aliando fatos e necessidades de cada momento, favorecendo de alguma forma o público a ser atingido. Geralmente os trabalhadores que não tinham condições de freqüentar a escola presencialmente. No Brasil, em 1904 o ensino por correspondência iniciou uma trajetória que perpassou por diversos meios até atingir as facilidades das mídias tecnológicas dos dias atuais. Surgiram então, os diferentes modelos de aprendizagem em EaD. Houve a época da utilização dos correios, das transmissões pelas rádios e TVs, Vídeos e CDs – ROM, Fax, hoje, iPods e celulares, notebooks e as variáveis das tecnologias que não param de surgir. Em 1992, foi criada no Brasil a UAB (Universidade Aberta do Brasil). Segundo estudos do Prof. Moran, caminhamos para o modelo on line mais audiovisual, onde teremos plataformas com todos os recursos integrados, audiovisuais e interativos.
DADOS ATUALIZADOS SOBRE A EAD NO BRASIL
A consolidação legal sobre EaD no Brasil está consubstanciado em quatro artigos que compõem um capítulo específico da LDB 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
O MEC (Ministério da Educação e Cultura) formou, em 1997, um grupo de especialistas para criar a regulamentação do artigo 80 da LDB. Surgiram então, o Decreto nº 2494 de fevereiro/98 e o Decreto nº 2561 de abril/98; além de uma Portaria nº 301, de 7/4/98, compondo um conjunto de instrumentos que indicaram os procedimentos adotados pelas instituições para obter o credenciamento do MEC para a oferta de cursos de graduação à distância.
Em 2001, o Conselho Nacional de Educação editou a Resolução nº 01, que disciplina a oferta dos cursos de pós graduação à distância no Brasil, fixando limites e estabelecendo as exigências para o reconhecimento de cursos à distância ofertados por instituições estrangeiras. Ainda neste ano, o MEC publicou a Portaria nº 2253, que permite às universidades, centros universitários, faculdades e centros tecnológicos oferecer até 20% da carga horária de cursos já reconhecidos na modalidade à distância. Essa Portaria foi atualizada pela nº 4059, de 10 de dezembro de 2004.
No ano de 2002, os Decretos de nº 2494/98 e 2561/98, foram revogados com a normatização definida pela Portaria Ministerial, que criou uma Comissão Assessora para Educação Superior à Distância, formada por especialistas em EaD e do MEC, entre outros representantes das redes de ensino público e privado. Entre as principais discussões, ficou estabelecido a regulamentação normativa da EaD, principalmente pelo Decreto nº 5622, publicado no DOU (Diário Oficial da União) de 20/12/2005. Dois anos depois, o Decreto nº 6303 foi editado para atualizar algumas questões, entre as principais, destacamos:
- Instituição de Ensino Superior com autonomia universitária não necessita de autorizações para ofertar novos cursos superiores, uma vez que esteja credenciada para EaD, em sua sede.
- O ato de credenciamento definirá a abrangência de sua atuação no território nacional.
- A duração mínima de um curso não poderá ser inferior à definida na modalidade presencial.
O Decreto nº 5800 de 8/6/2006, institui o UAB (Sistema de Universidade Aberta do Brasil). A UAB é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação à distância. Propicia a articulação, a interação e a efetivação de iniciativas que estimulam a parceria dos três níveis governamentais (federal, estadual e municipal). Em 2008, a UAB criou cursos nas áreas de Administração e Gestão Pública, além de diversos cursos em áreas técnicas.
O Decreto nº7480 de 16/05/2011, criou, no âmbito do MEC, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior.
JUSTIFICATIVA
A EaD se destaca em números crescentes anualmente e a velocidade com que o aprimoramento e inovações acontecem é inegável que esses números continuem aumentando em nosso país.
Estudiosos da EaD mostram que o caminho da educação passa pela convergência entre o presencial e o virtual, na combinação integrada de tempos e espaços, tornando o currículo flexível.
Um dos principais desafios da EaD é tornar mais flexível o currículo de cada curso, integrando e inovando as atividades presenciais e à distância.
O MEC regulamenta os cursos de graduação em EaD. Já os cursos de Pós Graduação possuem regulamentação específica, dada pelas Resoluções do Conselho Nacional de Educação: Res. CNE/CES nº01, de 3/4/01; Res. nº24, de 18/12/02; Res. nº1, de 8/6/07 e Res. nº5, de 25/9/08.

CONCLUSÃO
Acredito que a EaD será modelo promissor na educação moderna. Aliado aos recursos da tecnologia, não poderemos ficar sem essa troca de conhecimento em rede. Numa época em que os alunos são da geração Y, os professores terão que se adequar às novas maneiras de ensinar e aprender.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAN, Jose Manuel; MASETTO, Marcos T>; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 17. ED. Campinas, SP, Papirus, 2000.

domingo, 18 de setembro de 2011

"Evoluir Sempre" Educaregisela.blogspot.com: CONGRESSO SABER 2011

"Evoluir Sempre" Educaregisela.blogspot.com: CONGRESSO SABER 2011

CONGRESSO SABER 2011

Estive no Congresso "Educação SABER 2011", em São Paulo. Foi um final de semana bastante reflexivo sobre a prática docente e os hábitos de estudo. Falar em hábitos de estudo é muito diferente de oportunidades quanto ao acesso aos estudos. Hoje lidamos com as possibilidades da EaD, o que não torna o processo mais fácil, mas de certa forma viabiliza as possibilidades de o aluno conseguir se organizar e encontrar dentro da sua rotina o ambiente adequado para estabelecer seus hábitos de estudo.
"Durante muito tempo, acreditou-se que inteligência fosse uma característica inata. O fator genético era considerado bem mais influente do que o fator ambiental. Porém, devido aos avanços da neurociências, ficou demonstrado que inteligência, talento e vocação são características que podem ser adquiridas com facilidade e um pouco de esforço(...)" (Palavras do Prof. Pierluigi Piazzi)
A partir das colocações na palestra do Professor Peir, fiz várias reflexões sobre a bandeira que tenho procurado defendido com as práticas e estudos da Psicopedagogia. A Psicopedagogia é uma área da Educação cujo objetivo maior é o olhar atento ao movimento de busca por respostas e estratégias que facilitem o processo de aprender como se aprende. Contribuir na construção dos hábitos de estudo e na organização da vida escolar de crianças e adolescentes. Apoiar o processo de ensino e de aprendizagem que ocorre na vida de cada pessoa em particular. É importante enxergar o aluno como um ser humano único, capaz de construir a sua própria história e deixar as suas marcas e marcas de qualidade, de polidez, que contribuam na sua formação ética, moral e política, mas que também sirva de exemplo para o outro, para a sociedade, que deixe o seu legado, que escreva a sua história e fortaleça sua resiliência à vida real.
Respeitar o aluno no seu ritmo, no seu tempo de descoberta e construção, são tarefas da escola nova; mas subsidiar esse processo e incentivá-lo a buscar caminhos que favoreçam o aprendizado, fortalecer seus vínculos com a sua escola, de maneira que se torne uma pessoa feliz e autônoma, são tarefas nobres do professor que não vai ser substituído por nenhuma outra figura na vida de crianças e jovens.

sábado, 17 de setembro de 2011

MUDANÇA DE PARADIGMA COM A EXPERIÊNCIA EM EaD

Ao iniciar o curso de Pós Graduação sobre EaD, temática tão atual e instigante, repensei minha visão e ressalvas quanto a essa nova metodologia na educação. Sempre disposta a estudar e ampliar os conhecimentos, o desafio com a EaD podiam refletir minhas dificuldades com o acompanhamento dos avanços tecnológicos, aspecto este que talvez tenha contribuído com as ressalvas e com o adiamento do primeiro curso EaD. Percebo que a velocidade das ferramentas disponíveis que ainda assustam profissionais de várias áreas no mercado de trabalho, pode ser a mesma que desafia cada vez mais a busca por inovações e especializações tecnológicas. O contato com a qualidade dos textos selecionados para a primeira disciplina desse curso de Pós Graduação da Anhanguera Educacional - Uniderp me deixou fascinada, pela oportunidade em refletir junto aos autores, renomados nos assuntos, os novos caminhos para a educação e a suas contribuições para a aprendizagem humana. Como foi citado pelo professor Dr. João Mattar, ao referir-se à era do conectivismo: “a cognição e a aprendizagem são distribuídas não apenas entre pessoas, mas também entre artefatos”. É muito prazeroso participar de cursos desse nível, onde encontramos pessoas realmente dispostas a deixar registrada a sua contribuição como educadores. Demorei para postar comentários nos blogs visitados, mas retornei a eles muitas vezes. Retomar as leituras impulsionaram-me a evoluir sempre mais. A experiência com a tarefa do blog tem proporcionado uma sensação de “liberdade de expressão”, além é claro, do contato com vários blogs interessantes, o que tem contribuído para avançar a visão sobre como utilizar as ferramentas da informática a favor da educação nos dias de hoje. Aos poucos fui elaborando o conhecimento necessário para estudar EaD, me sentindo mais segura e confiante nas descobertas e nas trocas de informações.
Professores como Dr. João Mattar e Dr. José Moran, são pessoas pioneiras na EaD, ficarão como eternos mestres para os aprendizes dessa nova versão de ensino em educação.
Ao assistir as Webs notei a convicção com que tratam do assunto, o entusiasmo que procuram passar aos seus alunos. Compartilham conhecimento de um modo humilde e conceitual, colocando-nos a par de tudo o que há de mais moderno e atual sobre a EaD no Brasil e no Mundo.
Conforme diz o Dr. Moran, a EaD é extremamente adequada para um país como o Brasil, além de apresentar-se como eixo fundamental na educação atual. A própria LDB define a EaD como educação fundamentada e de igual valor aos cursos presenciais, sendo entendida e aceita como um caminho para encurtar a aprendizagem, ou seja, o MEC vem aprimorando os recursos da EaD no Brasil, e, por meio da Portaria nº 4059/2004, estabeleceu a possibilidade dos cursos presenciais de graduação oferecerem 20% da sua carga horária total de um curso ou 20% da carga horária de cada disciplina na modalidade à distância. Isso após o Decreto nº 5.622/2005, que regulamenta o Art. 80 da Lei 9394/96 com reconhecimento de sua importância em cenário nacional.
Apesar de preconceitos e resistências ainda existirem, a EaD caminha cada vez mais para uma educação diversificada, flexível e multidimensional. Nos dias contemporâneos, atuar na EaD tem ampliado o universo de empregabilidade para professores e favorecido a formação de profissionais mais evoluídos, competentes e realizados em todas as dimensões.
Importante também, ressaltar a contribuição da EaD quanto à autonomia do estudante, o ideal é ensinar nossos alunos a serem autônomos, autores do seu próprio conhecimento. Neste aspecto, a EaD favorece o aprimoramento da autonomia, pois exige que o estudante se torne um autodidata, que faça suas reflexões e armazene suas opiniões e promova as interações com o outro (ser humano). Enfim, colabora para que o aluno aprenda a aprender como estudar.
As possibilidades de ampliar nossos contatos nos dias de hoje avançam para o hábito da participação ativa nas redes sociais, com o uso dos recursos da internet. Onde é possível não só ouvir e ter acesso às discussões e opiniões diversas, o indivíduo também pode dar sua opinião, pode colocar-se na rede, à disposição de todos, a sua visão, suas críticas e os benefícios para o seu crescimento pessoal. Inclusive, num patamar de aprendizado maior, há também a contribuição dos apontamentos com aquilo que não acrescenta nada de bom na vida do indivíduo.
As possibilidades de acesso à educação se ampliaram historicamente no Brasil e a tendência do crescimento gradativo que a EaD tem proporcionado é contemporânea e tende a atingir o maior número de adeptos possível. Além disso, avançar para formatos cada vez mais acessíveis a todos os públicos, de modo a garantir a valorização do professor mediador e orientador e o acesso à educação para todos; com o foco na aprendizagem e na diversidade do conhecimento e favorecimento da ferramenta colaborativa. Dessa forma, a EaD preserva um aspecto cultural reconhecido como oportunidade de educação para todos.
No Brasil essa é uma tendência para conseguirmos atingir as metas da educação.
A EaD se apresenta há muito tempo como um caminho para inovação e renovação educacional, seja no ensino regular e formal, seja na educação corporativa, seja na formação profissional continuada.
O Prof. Dr. José Moran nos diz que “As tecnologias dependem também de como cada um, professores, alunos e gestores os utilizem em seus contextos”. Sobre a gestão pedagógica aliada ao uso das novas tecnologias, Prof. Moran reúne importantes passos para que essas tecnologias estejam a favor de todos os envolvidos no processo ensino e aprendizagem: o acesso, o domínio técnico, no qual a capacitação para saber usar, é a destreza que se adquire com a prática; e o domínio pedagógico gerencial, que consiste em o que podemos fazer com essas tecnologias para facilitar o processo de aprendizagem, para que alunos, professores e pais acessem mais facilmente as informações pertinentes. (http://eca.usp.br/prof/moran/gestao)
A EaD atua também na relação afetiva entre estudantes e professores, uma vez que facilita o diálogo por meio da teleaula, da webaula e possibilita ao aluno enviar suas mensagens à distância e ao mesmo tempo enquanto vê seu professor na tela.
O tutor à distância tem caráter de professor auxiliar ou assistente para atendimento aos alunos. Acompanha grupos de alunos à distância.
A interação com os blogs envolve não só a inovação nas relações em educação, mas valoriza a democratização das opiniões e sugestões que surgem nos diferentes debates e trocas de experiências, artigos, leituras e conteúdos postados, enfim, reúne uma fonte enorme de saberes e estilos de aprendizagem, o que de certa forma caracteriza cada um na sua condição de ser cognoscitivo, capaz de evoluir sempre.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Reportagem da Nova Escola

Olá caros colegas educadores!
De fato, até há pouco tempo as dúvidas com a EaD eram muitas, mas a cada dia vem crescendo mais e solidificando seus objetivos. Ampliando oportunidades numa época em que educadores conscientes não podem se esquecer da trajetória histórica da Educação no Brasil, hoje a escola é para TODOS!
Muito válida e esclarecedora a reportagem da NE, aliás revista com sério compromisso na divulgação e incentivo às inovações e cotidiano escolar. Vale a pena conferir!

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/vale-pena-entrar-nessa-educacao-distancia-diploma-prova-emprego-rotina-aluno-teleconferencia-chat-510862.shtml