Trabalhamos para uma escola cada vez mais acolhedora e temos consciência de que atualmente este é um dos maiores desafios, embora tenhamos consciência que há casos em que a parceria na corresponsabilidade de educar esteja ausente, principalmente na formação integral das crianças e adolescentes. Mesmo assim a escola sempre se coloca disposta a contribuir e cumprir a sua parte com educadores responsáveis e éticos. Neste sentido, é importante fortalecer o vínculo entre professor/aluno em cada início de ano letivo. Essa interação irá facilitar todo o trabalho durante todo ano e é imprescindível no estabelecimento das metas e aprimoramento da prática docente e pedagógica com a turma. Princípios como respeito, ética e solidariedade são decisivos para o bom desempenho dos alunos e estes acontecem em pequenos gestos desde os primeiros dias de aula. Ao valorizar as relações humanas entre os pequenos, estamos investindo na transformação da escola como verdadeiro espaço de aprendizagem. Ao refletirmos sobre o direito à Educação Básica que toda criança deve ser contemplada, podemos fazer uma ponte entre o direito e a garantia da boa convivência e acesso ao conhecimento. A principal função social da escola ainda é ensinar, mas ensinar implica em buscar estratégias para atender a todos sem distinção. Buscar caminhos para acolher, cuidar e proteger todas as crianças em suas necessidades ou carências.
O bom convívio é essencial em todos os ambientes e em qualquer atividade que se proponha desenvolver junto ao outro, em equipe. Seja no trabalho, nos esportes, no trânsito, em qualquer ambiente social, mas principalmente no ambiente escolar. Neste sentido é importante que a ação de ensinar não esteja voltada apenas na transmissão do saber, no treinamento, na transferência de informações sem que haja a devida interação entre os alunos e o professor. Acreditamos que a escola cumpre seu papel quando colabora na formação integral de seres humanos, capazes de trabalhar num processo cooperativo e respeitoso, no qual as relações de confiança e amizade se fortalecem naturalmente. É importante que a figura da gestora contagie toda a sua equipe escolar, na perspectiva de criar um ambiente onde haja espaço para ouvir a opinião de todos e participação na divisão das tarefas e responsabilidades, onde as regras de convívio não sejam ignoradas e as relações de conflitos sejam de fortalecimento para todos os envolvidos. Onde o exercício da autoridade seja compreendido e exercido eticamente. Para que essa convivência harmoniosa seja estabelecida entre toda a equipe escolar e principalmente entre professores e alunos durante todo o ano letivo, é preciso fazer consultas, mediar os conflitos e rever os percursos, o que se realiza com corresponsabilidade dentro do espaço escola, ou melhor, na comunidade de aprender e não na fábrica do apenas ensinar. No livro “A Motivação do Aluno – Contribuições da Psicologia Contemporânea”, de Evely Boruchovitch, há dicas de como ser exemplo para motivar a turma e selecionar atividades que sejam interessantes e desafiadoras para todos.
Este blog foi criado a partir de uma tarefa do Curso de Pós Graduação em Metodologia e Gestão em Educação à Distância pela Anhanguera-Uniderp. Convido a todos para refletirmos os novos paradigmas da educação e os rumos da EaD no Brasil, nos diferentes estados e municípios e aqui bem pertinho de nós, de cada um em particular. Boas leituras e bons estudos!Contribua, registre suas opiniões e críticas. Afinal, para evoluir é preciso estudar sempre.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
"Educar é Conhecer, Acolher e Cuidar"
Antes de se iniciar qualquer processo em educação é preciso um planejamento, antes do planejamento é necessário saber com quem e para quem vamos preparar as propostas de aprendizagem. A partir daí, a tomada de decisões deve ser coletiva, junto à equipe escolar. Nesta perspectiva, o professor deve contar com o apoio e o incentivo da coordenação pedagógica e da direção, além disso, é preciso estar disposto a inovar sua prática, mostrar-se aberto às mudanças e buscar ajuda sem receio de errar. Um planejamento detalhado e bem amparado pela equipe escolar, deve ser o instrumento orientador das atividades de todo o ano letivo. Ao conhecer a turma, o professor organiza sua ação pedagógica por níveis de conhecimento, só depois sai em busca e decide sobre o que vai trabalhar com cada grupo e com cada criança em particular, respeitando as habilidades e competências individuais. No entanto, identificar os níveis de conhecimento em uma sala de aula não garante que todos aprendam. É necessário conhecer e acolher cada criança em sua singularidade, com seus medos e anseios. Para isso, o gestor é a peça chave desde o início do processo. Ao alertar seus professores sobre os alunos merecedores de atenção, carentes de afeto e amor, cheios do desejo de aprender embora entre as muitas dificuldades que lhes afligem, nem sempre colocadas por sua própria natureza, mas pelas suas condições básicas, ou ainda pela falta delas em seu meio familiar e social. Essa sensibilidade do educador deve estar presente no seu dia a dia com as crianças e ser precursora na escolha e uso das estratégias didáticas, expressas sob dois aspectos essenciais da aprendizagem: o cognitivo e o afetivo de um de seus alunos. É bem verdade que todo professor quer ensinar o melhor, mas é verdade também que nossa realidade requer novas formas de gerir e de tratar o conhecimento. Ao buscar ensinar nossas crianças, primeiramente temos de conhecê-las melhor, saber das suas pré-condições para a aprendizagem ser significativa. A capacidade de vincular os conteúdos escolares às situações que façam sentido aos alunos continua sendo um grande desafio para a maioria dos professores. Nunca foi tão urgente a necessidade de adotar uma postura de “escuta” aos verdadeiros anseios de nossos alunos. Ter claro o que realmente eles precisam aprender e entender o modo como eles aprendem e as dificuldades que têm de enfrentar, como se sentem e como podemos influir em suas relações afetivas e sociais, tornando-os capazes de atuar com autonomia em nossa sociedade. É esse é o desafio do verdadeiro educador.
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